terça-feira, 27 de novembro de 2007

NME DA SEMANA


Se alguma coisa foi relevante na década de 80, foi esse cara. O Morrissey e sua trupe. ARCTIC MONKEYS e QUEENS OF STONE AGE? Porra! Vai sair uma barulheira interessante!

OLED - O futuro dos LCDs e da mídia impressa.

A Sony acabou de mostrar o primeiro OLED flexível full collor de apenas 0,3mm.

Site de comerciais de TV



sexta-feira, 23 de novembro de 2007

ENTRETENIMENTO DA SEMANA


A ENTERTAINMENT WEEKLY DECIDIU FAZER A LISTA DOS 25 MELHORES ENTRETENIMENTOS DO ANO. Coroando assim J.K.Rowling como destaque. Lógico né? Quem ganha mais que ela no mundo hoje?

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

LUIZ FABULOSO, EL MATADOR DE URUGUAIOS


AOS "ENTENDIDOS" DO FUTEBOL DA RODA DE E-MAILS, LUIZ FABULOSO MANDA O RECADO: PINTOU O NOVO DONO DA CAMISA 9. PARABÉNS FABULOSO. VOCÊ É O CARA, EU SEMPRE SOUBE DISSO!
VEJAM ALGUNS DOS 118 GOLS QUE O BAD BOY FEZ COM A CAMISA DO TRICOLOR. O CARA É SINISTRO!!
REPAREM NA FOTO AONDE FABULOSO FOI COMEMORAR O GOL. HEHE. TRICOLOR ETERNO!!!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

NME DA SEMANA

Não tenho a mínima idéia do que seja THE MIGHTY BOOSH.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

WEB 2.0


Não tenho muito tempo sobrando pra ver tudo o que é site que tem realmente WEB 2.0. Mas dois que visitei nos últimos dias mostram bem esse conceito.
O site do GOL: www.verdadessobreogol.com.br/ e o da Dove: www.jatenteidetudo.com.br/ . Muito se fala em WEB 2.0, pouco se vê. Um dos pulos do gato na WEB 2.0 é a interatividade, o espectador virar cúmplice e participar da jogada. A publicidade já tá pegando carona nessa onda faz tempo. A WEB 2.0 é isso e muito mais. Não adianta um sitezinho todo animadinho e cheio de frufru. Pra ser 2.0 tem que puxar o internauta pra dentro dele, fazer ele decidir o final ou não. Achei que esses dois souberam bem fazer isso. No do Gol, tem uma parte com animações de verdades que foram enviadas por leitores. As animações são quase pequenos games. Vale a pena conferir. Kaneyoa, se falei besteria me corrige.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

OK. VAMOS FALAR SOBRE LIGA DA JUSTIÇA


VAMOS FALAR SOBRE LIGA DA JUSTIÇA
Sim. Vamos falar sobre LIGA DA JUSTIÇA.
O que remete a Liga da Justiça? Aquele desenho animado tosco da década de 80? Sobre um bando de super-heróis da DC comics que salvava o mundo de uma forma politicamente correta?
Estamos falando de Batman, Superman, Mulher Maravilha, Aquaman, Flash e Lanterna verde e super-gêmeos?
Não. A Liga não tem nada a ver com aquela palhaçada matinal.
Não é novidade pra ninguém que filmes, desenhos e quadrinhos seguem linhas totalmente diferentes. Esses heróis foram criados na década de 30-40-50. Fantasias remetem ao que era de espetacular naquela época. E o que era? Circo. Por isso as fantasias.
Mas estou falando isso por causa da maior aposta do estúdio Warner Bros para 2009. LIGA DA JUSTIÇA - O FILME.
Porra! Mais um filme se super-heróis???Que falta de criatividade dos roteiristas de entretenimento.Já foi feito de tudo a exaustão. De heróis de primeira linha como Homem Aranha e Superman, a de Segunda como Demolidor e Hellboy.
Mas faltava os maiorais. Os pioneiros. E isso eu tiro o chapéu. O conceito super-heróis mascarados é mais antigo que eles. Remete a Spirit de Will Weisner. Mas Superman e Batman seguindo a minha linha de raciocínio: SÃO MITOLÓGICOS na cultura pop. A Liga então, nem se fala.
Portanto ver eles num mega-filme arrasa quarteirão de verão americano vai ser um sonho particular realizado.
O diretor é George Miller (Mad Max). O elenco vai ser de desconhecidos. Ótimo. Você vai frisar personagem, não ator. LIGA DA JUSTIÇA está fervilhando na mídia de entretenimento nos EUA. Principalmente quanto a escalação oficial do elenco. Mas o filme já é certo. Não é mais boato. Está em fase de pré-produção.
Não. Não vai ter super-gêmos. A aposta é mais madura.Seguindo a excepcional animação LIGA DA JUSTIÇA que passava a pouco tempo no Cartoonetwork e agora passa as 13:30 no Sbt.
Oficialmente é Superman, Batman, Mulher Maravilha, Flash, Lanterna Verde, Ajax e Aquaman.
Novidades no elenco eu posto aqui.
Quem vai ser a Mulher Maravilha?

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Entre os Ratos e a Insanidade



Fica muito difícil analisar o imediatismo das atitudes contemporâneas. Uma sábia frase da minha avó ficou martelando minha cabeça na última década.

Ela dizia:
- A vida não é uma gincana. Ninguém vai contar quantos pontos suas tarefas valem.

O passo regrado do cotidiano está beirando a imbecilidade vegetativa. Ainda não entendi como tem gente tão nova fazendo, MBA, lendo auto-ajuda e cuidando da saúde.
Desse jeito nunca mais teremos um Dionelio Machado, um Noel Rosa, um Augusto dos Anjos (!).

Hoje em dia esses ratos transeuntes; essas minhocas corporativas estão pausadamente destruindo nosso habitat. Contaminando nossas vidas e potencializando nossa adormecida e incubada ignorância.

A necessidade de padronização de atitudes é resquício da bendita industrialização de 30, naquele ano soltaram no nosso país uma arma química letal, o efeito americano dos grandes feitos, isso mesmo, prosperidade econômica virou compromisso.

As pessoas não tem direito de dizer que são felizes com o que tem ou com o que são, hoje isso é sinônimo de fracasso. Imbecilidade com misto de insanidade, é o parece os bucéfalos que pensam isso.

Por isso tenho que reconhecer tardiamente que Domenico De Masi tinha razão sim, o problema não é mais o fato de passarmos 12 horas trabalhando e sim a rede de compromissos que assumimos. Muitas vezes assimilamos pelo senso comum, pelo simples instinto coletivo.

Quando as pessoas bebiam mais, trabalhavam menos, ganhavam pouco e morriam cedo, o mundo era melhor. Ninguém estava muito aí para o tal paraíso no níqueis.

Quer me chamar, de saudosita, chame, tome no seu cú se quiser, ao menos questione isso. Olhe para aquela pessoa com discurso de datashow e pense que Noel morreu compondo, bebendo e tuberculoso. E se despediu no leito de morte com a seguinte frase:

- Faria deste dia, todos.

Escrito por Sandro Pinto.

NME DA SEMANA


New Musical Express da semana traz o BLOC PARTY na capa com direito a um CD Single Remix. Tem muita bandinha igual e mais do mesmo na Inglaterra. Muita coisa ruim. Mas BLOC PARTY eu pago pau. Com o álbum Silent Alarm DE 2004 eles balançaram as rádios e as festas de toda europa. Um álbum rock com pegada e melodias consistentes. Já nesse último álbum eles amadureceram, Weekend in the City é um álbum mais denso, mais cheio de efeitos, mais produzido. E é tão bom quanto o primeiro. Foi a banda do ano de 2004. Eles fazem um bom rock pop. Não vão mudar o mundo. Mas quem disse que cada banda que surge tem que ser o novo Nirvana, Radiohead ou U2. Não precisa. É só fazer música boa pra curtir em festa. E isso o BLOC PARTY é mestre.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Pois desceu eu o Eduardo para procurar qualquer lugar para almoçar. Nessa entediante vida de trabalho em agencia de Propaganda. Tu vence um soldado. Enfia a lança, mal comemora e já vem mais três te cercando. E não muda nada. Vitória tem gosto de derrota e derrota não tem mais gosto de derrota. Tudo se confunde. É sempre a mesma merda. Chega de desabafos. Vamos ao que interessa. A vida fora dessa bosta toda.

As duas horas de intervalo para almoço. A ponte. A ponte que une o purgatório da manhã ao inferno da tarde. Pois na ponte é o único lugar que dá pra observar o mundo. GOOD!

Chovia. Fraco. Garoa nem muito gelada e muito menos morna. Explosão de pessoas se engalfinhando. Fugindo do CEISA Center para um lugar melhor. Sempre vai ter um lugar melhor. Já que a redatora resolveu não almoçar com a gente, só ficou os bravos, nessa hora é melhor escolher ASGARD.

ASGARD, segundo a lenda da editora Marvel, é o lar dos Deuses Nórdicos. Lugar onde vão os guerreiros Vikings depois de uma morte honrada em batalha. Lá eles são recebidos pelas chamadas Valquirias. Loiras enormes, de peitos estufados pela braguilha do espartilho. Aquelas coxas colossais PADRÃO WCT GIRLS, montando alazões brancos. Que jeito MACHO de ser recebido nos portões do céu. Não essa papagaiada cristã de encarar São Pedro barbudo. Velho babão com a chave brega da cidade branca nas mãos. Que merda é essa? Sou o único negro que quer morrer viking?

Voltamos a história de novo. A gente foi para o buffet CENTRAL. Aqui do centro. Aquele que já mencionei. O buffet das Éguas titânicas da capital catarinense. Impressionante. Não. Não é bom ir lá. É uma tortura para nossos fuckin dicks! Fica eles lá tentando empurrar a porra do zíper a força.
E tá chovendo né?Nenhuma das potrancas está com a pele a mostra. Uma grande pena. Mas lá almoçou a Sienna Miller.

.......PAUSA.....

Não. Não é pra guria. É que to escrevendo isso agora no trampo. Gozando do tempo que eles me pagam pra trabalhar. E chegou chefia. Aumento MAXIMUM PARK no talo, pra esquecer esse universo ao redor. Ô SONZEIRA DO CÃO!!!

Puta merda. Era o clone da Sienna Miller. Vestia um vestido mais colorido que essas porras de micaretas fora de época. E ela era fora de época. Ela era linda de morrer. Eduardo é testemunha. Sienna Miller estava se servindo na minha frente. E só parou pra se servir de 3 filés de carne de porco banhados em mostarda. GOD SAVE THE QUEEN.

Homens de terno se acotuvelavam. Ansia. Fome. Mais três morenas gigantes adentraram. Eu tentando gritar TELEPATICAMENTE pra o Eduardo não entendendo aquela zona de gente rica, Sienna Miller, salada de queijo prata, peitudas e filé de carne de porco em molho de mostarda.
A chuva aumentava lá fora. O vestido da Sienna Miller era um abajur de flores tão intensa quanto um clipe do YES. Psicodelia mágica.

Subimos a escada como chacais. Como vikings atrás daquela Valquiria loira de Asgard. Peguei um lugar ruim pra caralho. Tipo um sniper que fica no esgoto e tem que acertar o alvo que está em cima. E uma fileira de ricos entediados tapando o alvo. Uma merda total. Peguei o filé de porco com mostarda só para sentir o prazer doentio de degustar o mesmo prato da deusa mor daquele ambiente.
Na minha frente uma mesa cheia de engravadados. Uma mulher negra muito bem vestida. Parecia uma americana. Daquelas High School Nova Yorquinas. Deus. Tudo ali é bonito. Tudo clean. Quadros baratos copiando obras famosas. Bolsas Dulce Gabbana, Vutton, Dior dependuradas nas cadeiras cor prata. Mulheres que catam ervilha numa espetadinha de garfo e fazem charminho com a boca...ARRRRGHHHHH!Que mundo ducaralho esse da “alta”.

Eu tiro sarro. Finjo que odeio. Mas é uma inveja ducacete dessas gostosas de palacete acarpetado. Pena que o cérebro delas não funciona. É MUITA academia e exercício físico. Nenhum mental. Foda.

Entra uma de calça jeans preta com listras de giz. Que merda! Não vou falar de moda! O importante é que a calça era apertada até a medula. Rabão diabólico. Peituda morena entrando pela direita. Loira de roxo, blusa da ADIDAS com ziper peitoral até onde começa a abundância lactea. É muita coisa pra prestar atenção num bife de carne de porco em molho de mostarda. É MUITO.
Terminamos o almoço. Descer e pagar a conta? Que nada. Tinha mais uma hora de folga. Só ia descer se a Sienna Miller fizesse o mesmo. Ou o Jude Law viesse me tirar a pontapés.
OK. Ela se levantou. Deu aquela olhadinha do tipo. Eu não sou para o seu bico, negãozinho secador de merda. No caixa. A útima secada.Chuva. Ela olhou. Agora não com desprezo. Curiosidade. Num décimo de segundo de seu cérebro ela imaginou um ferro de ébano penetrando aquela pele nórdica. Ah sim! Pensou.

Senti gosto de mostarda na boca.

Sabor de Sienna Miller.

Entre a caminhada e o ar orfão de Sienna Miller, duas gostosas no calçadão com um uniforme de uma loja chamada CORTIRÔ. Acho que é isso. Calças jeans colocadas essa manhã a base de um esforço tremendo. Rabujentas até a medula.

Por hoje é só pessoal.

Lembrando.

Hoje tem CALIFORNICATION AS 22 NO WARNER CHANNEL.Um escritor com crise existencial que não controla mais o seu fuckin dick. SENSACIONAL.

NEG...OPS! BRANCO PUTIADO DA SEMANA??!


Não é novidade pra nós hoje branco fazendo RAP. Ok. Mas fui lá na Billboard ver quem tá vendendo bem na indústria fonográfica. Ver quem é o NEGO PUTIADO da hora no RAP. E me deparo com esse Anglo-saxão putiado dos cornos!!! Puta merda! Aqui a gente entende. Uma periferia infinita e uma desigualdade social dos diabos que coloca tanto brancos e negros no mesmo gueto. Mas nos Estados Unidos da américa??? A terra das oportunidades, segundo eles? Um branco putiado??? De corrente e tudo? E se auto denominando "O ÚNICO E SOZINHO?"
Vai tomar no cú vai anglo!
Aposto que o produtor é um nego gordo putiado!
Esses americanos....

NENHUM ENTRETENIMENTO DA SEMANA


Não é novidade pra ninguém que acompanha a mídia, a greve dos roteiristas de Holywood. O que mais me surpreende e eu dou o braço a torcer para os americanos (Mesmo não gostando deles declaradamente) é essa força sindical que eles tem. Nós na maioria que lê esse blog, publicitários, sabemos a sindicancia de merda dos nossos salários. E no mais esses roteiristas (Que convenhamos, ultimamente são ruins de doer) tem o apoio dos atores e atrizes. A gama é grande. Vai do cinema a TV. Não só roteiristas de filmes e seriados. Mas de programas de auditório e talk-shows. Várias séries de TV estão com produções atrasadas. O prejuizo é grande. Na capa da revista a atriz da série Greys Anatomy, o virgem de 40 anos e o entrevistador Conan O´brien calados. Sem falas. Sem a porra de um roteiro.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

TIM FESTIVAL CAPÍTULO IV


Capítulo IV
OS PORTÕES DE ASGARD
Tomei um banho. Lembro ainda do som do cartão do Ibis ativando a tranca da porta do hotel.O sol estava implacável. 18:30 marcava no relógio da recepção do Hotel. Meia dúzia de taxi se encochavam na porta da frente. Peguei o segundo. O primeiro foi com um velhão. O taxista aparentava uns 30 anos. O rádio no talo de Corinthians x Figueirense. Ele perguntou de onde que eu era. Fiquei cabreiro de dizer que era de Florianópolis depois de ele esbravejar horrores contra o Figueirense até então.
Perguntei o placar: “Quanto tá o Timão?”.
Pronto. Linguagem universal. Ele já sabia que eu era Corinthiano, só mencionei que era do sul.
Ele me falou: “Viesse do sul pra esse TIM aí?”
Eu: “Sim!”Ele: “Puta que o pariu mano! Oque vai tocar ali?”
Não adiantava eu falar pra ele o que ia tocar ali. Se eu menciona-se Bjork ele iria achar que eu estava falando outra lingua. Falei que era umas bandas gringas de fora. Quando chegamos na frente...Gente.
O tempo parou pra mim ali. Tinha muita gente. Um sol olímpico brilhava no céu. Ruivas. Morenas. Loiras. Mochila nas costas. Bandanas nas cabeças. Raibans espelhados sobre suas faces atitudes. Nascia ali as KillersGirls, MonkeyGirls, JulietGirls e as feiosas das BjorkGirls.
O taxista olhou pra mim. Largou o palito da boca e abriu um sorriso: “Mano! Cara! Isso dá mulherada hein!?”Saltei. Um cara me atacou vendendo ingressos. Eu já tinha. Meu medo era ser barrado por causa da identidade. Bem ali, naquele climão dos diabos. A espinha gelava. Eu tava sozinho. Mas nesses casos, onde as bandas que vão tocar é só o que você gosta, então é melhor. Não te dá aquela sensação, ou peso na conciência de estar com alguém que não quer estar ali. E sozinho tu pode CAÇAR melhor, ainda mais vindo de fora, sem platéia pra ver tua pífia performance.
Mas antes de adentrarmos os portões de ASGARD vou ser sincero. Aquele público feminino nem se compara com as festas daqui. São Paulo é lugar de gente feia e estranha. E gente nem tão feia que se veste estranha.
Mas ali.
No TIM, por ser no mínimo 200DUZENTÃO por cabeça , já dá uma peneirada.
Vem gente dos JARDINS, do Morumbi, vem ninfetas de linhagem boa, mulheres rockstars da alta.E ISSO ERA SURPREENDENTE. Várias Déboras Falabelas espalhadas ali. Outra coisa surpreendente é que tinha muito mais mulher. Antigamente rock´n rool era só coisa de homem e das suas namoradas. Hoje é de todos.
Caterogias que tinha lá:
KillerGirls - Meninas fãs do The Killers. As melhores. Como o Killers não é uma banda tão recente e pelo estilo abriga uma faixa de idade melhor, gente do Cure, Joy Division, U2 curte. As KillesGirls são pops. São fashionistas na medidade certa. São pattys também. São presença de palco. As camisetas da banda elas compraram lá, mas já no meio da festa. Ou seja. Elas são mais elas. Não são fãs idiotas. Estavam lá pra curtir.
MonkeyGirls - Ninfetas no geral. Mas dá vontade de expremer aquelas ninfas fãs do Arctic Monkeys. Puta que pariu.
JulietGirls - Essas são as mais marvadas. Usavam aquele cocar de uma pena só. Que a Juliete usa. SENSACIONAL. Vi umas que deu vontade de abrir o ziper ali mesmo e bater uma. Uma loira, chefe de uma bando. Tava com a parte de cima de biquine preto. Óculos BL espelhadaço. Mini saia jeans. Cochão. Suada. Lavrada. Salgada. Gata. De botas. FUDIDAÇA!!!
BjorkGirls- Quase EMOS. Jeans. Problema com a balança. De mal com o senhor Sol FAZ anos. Olhares blases do tipo: “Eu sou INDIE!”Vão tomar no cu com essa teoria de INDEPENDENTE!ROCK É POP E SEMPRE QUIS SER CARALHO!!!
Estava na frente do portão. Entrei. Primeira revista. Passei.Caminhei mais um monte. Segunda revista. Passei.Terceira revista. Era só entregar o bilhete e passar na roleta. Passei. SEM IDENTIDADE. ACABOU-SE O SUSTO!!!TAVA LÁ DENTRO! ACABOU-SE! TAVA NO TIM!Só um AVC me tirava aquilo ali.

TIM FESTIVAL CAPÍTULO III


CAPÍTULO III

HOTEL & ROCK´N ROLL.

Eu estava na mureta.
Eu olhava para aquele cenário todo e não acreditava. Um mega palco. Tudo inédito pra minha limitada vida. Toda direção de arte. Todo aquele trabalho. Toda aquela mega-estrutura iria reunir gente como eu. Era tão grande. Parecia palco para Ivete Sangalo ou The Police. Não Arctic Monkeys e The Killers.

Aliás, em Florianópolis eles sabem o que são o Monkeys e o Killers? Eu nunca ouvi nada deles em bar algum dessa cidade. Só a mesma merda da década de 80, a porra do HIP-HOP pasteurizado americano, as putas da gravadora Trama de música-pra-rico: CÉU, MARIA RITA, DA MATA, etc e o REAGE pra essa maconheirada infinita.
Fui na frente da ARENA. Uma fila de teenagers com camiseta dos Monkeys.
Perguntei para um deles onde ficava o Hotel Íbis Expo do qual eu tinha uma reserva. Ele disse: “Atravessa a rua, pega a marginal novamente, atravessa a ponte Casa Verde e dá de cara com hotel! É perto!”

Essa foi à última vez que acreditei num paulista em vida.

Andei.
Ah! Como andei.
Passei por baixo de viaduto pixado a pé. O sol. Ah o sol. Implacável. Do meio dia.

Excomunguei o teenager a dar com pau!
Por onde passei mendigos de acotuvelavam de baixo do viaduto. Era o caminho a pé a se fazer para subir uma escadaria lateral. Que levava a faixa de pedestres da Ponte Casa Verde. Que liga as duas marginais da valeta concretada denominada Tietê River.

Cheguei no hotel. Gente com bagagens. Na minha frente uma família que afirmou ao guichê ser do Chile. Uma das filhas do casal era uma Pocahontas estonteante. Chegou a minha vez. Me pediram o documento de identidade. Eu sou louco mesmo né? Vir pra São Paulo sem a identidade. B.O de novo!
Aí pensei: “Já pensou se me barram no show? Duzentão jogado no Tietê!”

Entrei. PUTZ! O Íbis é bem melhor do que o Valerim 4 estrelas aqui.
TV Flat. Cama gigantesca. E a visão do quinto andar em São Paulo é cinematográfica. Nessas horas eu penso no seu Jacinto. Meu amado pai. Que esbanjaceira violenta. Ele não admitiria isso. Nego passando fome e o cara gastando grana num show de uns brancos anglo-saxões.
Quer saber? Só se vive uma vez. Se não fizer isso de que vale? Casar? Casa amarela com janela branca? Um Fiat na garagem? Uma trepada por semana? Faustão e a dança no gelo? Filho. Cumprir a porra da lista social? Passa os letterings, a logo da associação dos diretores de fotografia e fim? É isso? É só isso?

É só isso?

Não comigo.

Fui almoçar fora do hotel.
O almoço não constava na diária.

Uma budega que servia “porção de picanha!” What a hell is this???

Arrisquei. Um calor monumental. Barra funda. São Paulo. Uns manos de cafanhaque (Aliás, lá em sampa todo morlock usa cafanhaque! Os americanos estão certos de caricaturar os latinos) me olhavam curiosos. Negro, Sozinho. Óculos espelhado. Eu.
Uns caças-bombardeiros da FAB cruzavam o céu em exibição. Migs. Arranha céu. Paralamas do Sucesso na rádio. Wall-mart a frente. Killers a noite. Kombi da Gaviões da Fiel passando. Sol. São Paulo. Eu estava tão feliz. Um sorriso estampou minha black-face.

Picanha sensacional. No final fui perguntar para o garçon se tinha caixa-eletrônico perto. Caixa econômica. Lógico. O banco dos negros. Tem tanto negro em São Paulo que me sinto em casa. Em Floripa parece que não tem nenhum. Em Tubarão tem mais. Em Floripa eles se resumem ao Mercadão aos sábados, aos morros e no Carnaval. Tu não vê negros nos shoppings, no CIC, na Lagoa (Só de flanelinha), nas boates. Nego não lê. Não vai ao cinema. Não faz porra nenhuma. Não inferniza os brancos como eu. Tem que meter terror.

Voltamos. Putz! Acreditei em paulista de novo.
Caixa eletrônico? Barbaridade. Andei. Creeedo! Como andei.

Vamos esclarecer. Eu não tenho medo de andar em São Paulo sozinho? Ser assaltado? Gente.
Pode acontecer. Mas de todas as vezes que fui lá vi essa lenda cair por terra.
Por que? São Paulo é tão grande, mas tão grande que assusta. E ela tem divisões. Amigo meu de lá. Tem 30 anos. Nunca foi assaltado. Mora na zona sul de pinheiros. Ok. É uma zona amena. Não é rica. Mas São Paulo se divide. Isso eu percebi que é claro. Zona Leste é foda. Essa é do crime. Mas se bem que esses meus amigos tem um visual meio rock´n rool. Isso não atrai os manos. Eles querem é Luciano Huck. Leitores da Veja. Aqueles que aparecem na capa da revista com cara de trouxas com o título; “ A classe média leva o país na costas.”. Aqueles cuzãos podem ser assaltados. Tô pouco me lixando. Eles pagam 430 reais por mês para um motorista e empregada. Que se fodam. Os manos não assaltam tatuados com a camiseta do Iron Maden. Li uma frase essa semana do roteirista de cinema Bráulio Mantovani que me colocou de volta nos trilhos: “Neguinho quer acabar com a violência? Qual salário você paga para a sua babá? Motorista? Empregada? Faxineira? É justo pelo que você ganha?” Viu? É lógico que é uma merreca. Ninguém quer abrir mão.

Achei um caixa eletrônico. Não abria a porta. Falei com o funcionário do prédio comercial onde o banco funcionava. Ele falou pra eu usar o caixa que ficava na garagem do prédio.
Gente. Lá fui eu. Num estacionamento de um prédio desconhecido.
Olha só. O porteiro me deixou descer pra garagem pra tirar grana do caixa eletrônico.

GOD SAVE THE QUEEN.

Achei um banco 24 horas. Tirei uma grana boa pra noitada.
O porteiro riu.
SENSACIONAL.

São Paulo é demais.
Voltei para o hotel. Campeonato Inglês na TV. Dormi.
Acordei as 18 horas para o KILLERS.
As 18:30 começaria o festival.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Mais um comercial da HP naquela linha virtual

Novo comercial da Guiness

SEUS PROBLEMAS SE ACABARAM-SE!!!!

Opa!!!! Tenho certeza também que muitos de vocês ja ouviram aquele papo tipo "O layout tá ótimo... mas não dá pra aumentar a logomarca?" ou entao... "Meu, vocês querem me derrubar? O cliente tá pagando, aumenta a marca, por favor!!!!". Tem aquela também... "Gente, tem muita área em branco... sabe quanto custa uma inserção? Vamos preencher esse espaço vazio ai!". Bom, quem não conhece, que fique conhecendo esse revolucionário produto... Divirta-se!!!
Abraços do Storino!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Mapa das principais agências do Brasil

ARQUIVO XXX - CALIFORNICATION


Gente. Ainda estou pasmo do que vi ontem na Warner Channel as 22 horas. Sério. Me pegou litaralmente pelos bagos! Estreou ontem CALIFORNICATION, nova série americana estrelada pelo ex-astro de Arquivo X David Duchovny. Esquecem o Mulder canastrão de Arquivo X. Vocês vão acompanhar a vida de um escritor em crise recém divorciado que mora em Los Angeles. Divide a guarda da filha com a ex-mulher. Isso é clichê. Mas a vida dele....


Uma putaria sem precedentes! O episódio começa com uma freira fazendo um Blowjob NA CARA!!!!!!!!!!!!!!!! Foram 4 mulheres que o personagem comeu só no primeiro episódio. E a nudez não é de leve! É visceral!!! Por isso o apelido que deram pra série lá nos EUA. Arquivo XXX.


Galera! O cara destrói!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Os diálogos dele nessa crise existencial é só destruir com as mulheres!

O texto é bom pacas!


Todas as terças na Warner. Tem que procurar as reprises ou se não fazer downloaded!


GALERA! NÃO PERCAM!


Essa série pra machos mesmo!!!


Ele pegou uma ninfa de 16 anos que eu sonhei com ela a noite inteira.


Se eu contar mais estraga!






terça-feira, 6 de novembro de 2007

NME DA SEMANA


A New Musical Express (Revista musical britânica) dessa semana dá sua capa a tal COOL LIST 2007. Isso ela faz anualmente. O que seria tal COOL LIST? Na verdade isso é uma grande bobagem. O que é ser COOL? Se alguém souber me responda, mas pra mim é uma grande bobagem. Mas como é uma revista de música, e pautada no pop rock, isso faz sentido pra vender. Porque o rock é POSER. Sim. Se fosse analizar só pelos músicos seria diferente. Mas junto na embalagem vem a tal "atitude", o ser poser. O ser cool. Palhaçada, mas também fundamental pra criação de grandes ícones como Lennon, Plant, Jagger, Sid Vicious, Kurt Cobain, etc... Alguns talentosos, outros nem tanto, mas suas auras POSER´s colocaram um charme a mais. Rock também é isso. Fui no show dos Arctic Monkeys, os caras são um freezer. Tocam legal, mas tem que ter um mais pra chegar lá. Aí que entra o tal cool. Começei criticando e agora estou compreendendo. O Kiss teria sucesso no meio de tanta NABA rock poser dos anos 70 e 80 se não pintassem a cara? É aí que me refiro.


Quem é esse PANGARÉ da capa? Não sei. Não conheço. Mas para conferir a lista dos 50, visitem as 50 pessoas mais COOL do rock atual, segundo a NME no site da mesma. O bom é que tem pouco americano.

Recado para o Lula

Pediram ao Ari Toledo num programa de entrevistas, para ele dar um recado ao presidente Lula, caso ele estivesse assistindo:

-Sr. Presidente, o sr. está no caminho "serto".

Última Ceia em 18 bilhões de pixels

Impressão na lombada

Mais um espaço pra usar.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

ENTRETENIMENTO DA SEMANA


Sweeney Todd novo filme do Tim Burton é o destaque nesse preview de 39 filmes da EW para o fim do ano nos Estados Unidos. Sweeney Todd é um musical. Sério. Gênero que eu não gosto pessoalmente. Mas Tim Burton. Johnny Depp como um barbeiro da era vitoriana que na verdade é um serial killers de seus clientes. Cuja carne ainda é usada nos ingredientes de uma famosa torta feita por sua mulher. Genial.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

SE TEM TÍTULO, TEM PÔSTER DE CAMPEÃO!!!!


TIM FESTIVAL CAPÍTULO II

CAPÍTULO II

DEVANEIOS NO TIETÊ

Naquela Big lanchonete de Beira de estrada eu fui direto para o banheiro. Aqueles mijódromos gigantescos onde você procura o canto e olha para cima para não ter que olhar para algum fuckin dick sem querer. Gente feia que vaiajava naquele ônibus da Catarinense. Gente decadente. Loosers assalariados voltando pra casa.

Segue uma fila. Numa espécie de buffet de iguarias de beira do asfalto. Iguarias geladas e gordurentas. Salgadinhos feitos por uma gorda suada na panela pela manhã e postados ali já passando do seu vencimento. 110 reais por toda essa grande merda.

Em 100 metros de buffet, o que pude pegar de melhor naquelas 0:24 passadas, foi um sanduba natural. A fatia de peru tinha um gosto sinistro. Larguei na metade. Um Tang laranja com sacarose acima da média era o que restava.

Na tv da big lanchonete um Supercine. Michael Douglas a tela. Clientes olhando aquela merda de filme feito às pressas na América, para preencher o calendário Holywoodiano dos estúdios no verão. Voltei ao ônibus.

Que nem um pacote acho que acordei em Taboão da Serra. O volvo parou. Deixou uns meliantes. 5:30. Estava em São Paulo.

O prazer que tenho em estar em São Paulo é imenso. Apaixonei-me por essa cidade anos atrás e ninguém mais a tira da minha fuckin mind. Em São Paulo pela primeira vez na minha vida eu descobri que não estava sozinho. Os meus pensamentos, minhas vontades e gostos culturais estavam não só impregnados naquela cidade, mas em pessoas de lá. Em São Paulo existem outros Cristianos. Eu achava que estava sozinho. Mas lá não.

Um céu escarlate começa a surgir no céu. “Believe Me Natalie” do Killers no meu mp3 player. Eu estava voltando pra casa. Ali é onde a cegonha errou seu caminho e me jogou na porra da Santa Catarina repleta de cuzões sub-europeus classistas. Sub italianos do terceiro mundo. São Paulo não tem lugar pra poucos. É lugar de todos. E só os fortes sobrevivem. É cosmopolita.

Rodoviária do Tietê. Poderia escrever mil crônicas desse lugar. Suas peculiaridades, seus significados pra muita gente. O fim. O início. Para muitas vidas uma saga. Para muitas sagas um início. Meus olhos tanto brilham aqui como em Congonhas. Cada qual a sua proporção. Uma café expresso.
Domingo 28. Ia ser naquele dia o Tim Festival 2007.

Vou na banca e compro a Folha de Domingo e a Veja com orgulho. Pelo menos dessa vez vou ler o que realmente me interessa e vou estar ali pra conferir.

Voltamos a saga. Vou resumir o meu plano das coisas até aquele momento.
Eu tenho uns amigos em sampa. Foi onde passei minhas férias últimas. Os caras vivem de música. Moram num estúdio numa travessa na Teodoro Sampaio. Rua universal da música em Sampa. Sabia que eles iam trabalhar na produção do TIM FESTIVAL. Liguei pra eles. Mas nada. Mas como eles moram no sul de Pinheiros, eu não podia contar com a estadia deles. O TIM era no ARENA SKOL do AHEMBI. Muito longe do sul. No fim do show eu ia pegar metrô na madruga? Gosto de São Paulo. Mas aí seria abusar na sorte. Mesmo sendo negro e tendo uma pele à prova de assalto (Sério. Se vocês soubessem como funciona). Resolvi decidir meu destino ali. Iria no TIM FESTIVAL SOZINHO.

Perguntei para um funcionário do Metrô se o AHEMBI era longe dali.
Como todo paulista que concheci o cara foi super gente boa e falou: “ Cara, é a 800 metros daqui, você saiu nessa saída, atravessa a avenida e vira a direita na marginal do rio Tietê. Vai reto. Tu vai achar. É perto!”
Primeira regra quando conversar com um paulista. O “perto” deles não é o mesmo nosso. Sob um sol escaldante eu andei. Mochila nas costas. 11 da manhã. O rio Tietê?
Como eles podem chamar aquela valeta de concreto de rio? É uma vala. E de concreto. Após uma tenebrosa caminhada num sol inclemente achei o tal AHEMBI. Um complexo gigantesco. Mas...Não vi uma bandeira ou um banner do tal Tim Festival. Existia uma mega feira de automóveis. Perguntei.
Um vendedor: “Ah! O Tim? É mais lá na frente, no fim do Sambódromo!”

GOD SAVE THE QUEEN.

Andei mais um montão. Um sol implacável. O cenário? Um rio fedorento que mais parece uma vala. E uma calçada do lado de uma via expressa onde carros e caminhões passavam como mísseis. A minha direita um alambrado que cercava o quilométrico e interminável complexo do AHEMBI.
Vi uma travessa.

Uns engenheiros colocavam cones na travessa. Perguntei. Onde é o TIM FESTIVAL?
Um deles: “É logo ali!”

Dá pra acreditar?

Olhei. Vi um balão gigantesco com a logo. Caminhei. Subi numa mureta e vi o local do festival. Ali entendi o conceito “Viver sem fronteiras”. Aquele conceito era eu.


Fim do capítulo II


TIM FESTIVAL CAPÍTULO I


Nota: Antes de mais nada quero falar que essas são narrações minhas. Sobre a minha viagem para ver o Tim Festival 2007. Eu não sou escritor e muito menos redator. Existem erros de português, concordância e pontuação. Mas dane-se! Não estou escrevendo para Companhia das Letras.

CAPÍTULO I

NO IDENTITY

Sábado, 27 de outubro, 16:40 da tarde, cidade de Florianópolis.
O sol está implacável. Da janela do meu apartamento, no calor do Dallas – Texas, eu vejo famílias abastecendo seus carros com guarda-sol e cadeiras de praia. E ainda estou digerindo uma macarronada feita as pressas. É o carboidrato necessário pra encarar a maratona que começa às 20 horas daquele sábado ensolarado. Começaria ali A SAGA DO TIM FESTIVAL 2007.

Eu desci do meu prédio as 19:20. Precisava tirar uma grana no caixa eletrônico antes de partir. Meu cartão de débito é uma total navalha, já desgastado ele não passa em alguns aparelhos. A cada compra é sempre aquele frio na espinha abissal. E com dinheiro na mão eu garantiria lá em São Paulo a passagem de volta. Porque não fui de avião? Porque é caro.
80 reais a mais faz uma diferença brutal pra mim. Portanto não me venham com essa panacéia de avião, que pra mim é coisa de classe média. Quando houve aquela crise, pra mim não fez a menor diferença. Tem nego que não tem água encanada, barraco queimado, fome nas entranhas, e neguinho reclamando porque atrasou a viagem a Paris. Pra zona que o pariu. Meu pai ralou o peito mais de 40 fuckin years pra ganhar uma aposentadoria de merda e o filho viajando de avião. Que nego de merda eu seria.

No meio do caminho esqueci algo. Minha carteira de trabalho. Sim. Eu a levaria, pois é meu único documento de identificação visual.
E minha identidade?
Para os que ainda não sabem eu estou sem minha carteira de identidade faz mais de 5 meses. E eu iria viajar pra São Paulo sem a mesma?

AH ia. Ia mesmo. O show do The Killers na minha atual condição psicológica de stress de trabalho, seria a minha válvula de escape. E nada no planeta terra iria me impedir de gritar “Somebody Told Me” a plenos pulmões.

Não refiz a identidade por total falta de tempo. O trabalho me traga a alma. Se eu falto uma manhã sou crucificado as 13:30 da tarde. Impressionante.

Voltei ao apartamento. Peguei a carteira e parti novamente para a Rodoviária.

Na sala vip de uma rodoviária você começa a fazer uma análise de cada ser que ali se encontra. Sete Pecados capitais passando na tv. Aquele clima modorrento de espera. Um olhando para a fuckin face do outro. Imaginando pra onde será que aquele cara ou aquela mulher vai. Está indo? Ou voltando pra casa.

O motor do volvo da Catarinense ruge imponente. Ele chegou. A minha passagem para minha liberdade daquela Floripa de trabalho dos últimos meses estava nos motores daquele volvo. Em algum lugar da Suécia alguém apertou os últimos parafusos da minha fuckim freedon daquele lugar.
Sim gente. Estou implorando por férias. Mas isso é outro assunto.

Ao recolher as bagagens e pedir as passagens o motorista com um mau humor descomunal vociferava: “Quero as identidades nas mãos!”
Gelei minha espinha dorsal novamente. Droga. Eu só queria fugir dali.
Falei para ele que estava com os documentos perdidos. Ele vociferou novamente como um porco dos infernos, um guardião das portas do reino de Hades, o único que poderia me impedir de sair daquela porra de ilha acéfala cuturalmente: “ SEM IDENTIDADE, NÃO VIAJA!”

Era só o que me faltava. Uma cólera imensa assumiu meu corpo. Puxei da minha carteira surrada da Mormaii um B.O. Um boletim de ocorrência feito a meses atrás, da perda da minha porra de identidade. Com olhar rançoso ele grunhiu: “Tá! Vai! Vai!”
GOD SAVE THE QUEEN.

Ao me alocar ao meu acento, a poltrona 29, janela, eu respirei aliviado. Um ônibus executivo. Me custou a bagatela de 110 fuckin money! E mal dava pra esticar a porra das pernas. Iria viajar a São Paulo que nem um saco de linhagem, forrado de batatas na serra. Ali fiz uma prece para que nenhum obeso senta-se do meu lado. No banco vizinho, no meu corredor sentou uma loira de uns 47 anos acho. Bem judiada. Cantava alto no seu mp3 player algo do tipo Bruno e Marrone. Seres. Criaturas se locomovendo em pleno sábado à noite. Para a terceira metrópole do planeta chamado terra.

Abri a minha Rollingstone e liguei meu mp3 player a toda em The Killers.
A matéria era sobre o aniversário do álbum “Never Mind the Bolocks, This Is Sex Pistols”. Um dos 5 álbuns que redefiniram minha fuckin life. Ninguém do meu lado. Beleza.

Rolando igual um saco de batatas eu mal dormi. Na verdade só os olhos estavam fechados. O ônibus parou em Balneário pra pegar outros desafortunados de rodoviárias decadentes. Tentei sintonizar alguma rádio. Acho que em Joinville eu sintonizei algo chamado FLORESTA NEGRA. Uma rádio que ia de “Camila” da porra do NENHUM DE NÓS a BRUNO E MARRONE. A locutora fazia uma ponte com um repórter que estava num baile. Teodoro e Sampaio. Em Joinville acho. Mas que merda era toda aquela?
Eu indo para um festival com as bandas mais populares de Londres, Nova York e Tóquio nos últimos 3 anos, e uns infelizes contentes com Teodoro e Sampaio. Esse país é demais. Doa a quem doer.

Desliguei o MP3 player. Rolando igual a um torno, eu cheguei na parada.
Sim. Quem viaja para São Paulo de ônibus sabe que tem uma parada. Em uma daquelas big lanchonetes de beira de asfalto numa penumbra de Curitiba.
Grunhindo como sempre, o motorista vocifera para aqueles corpos doloridos de sub-latinos a ordem: “Parada de 20 minutos!”
Cento e dez reais por toda essa merda!!!

Olho do meu lado e vejo que aquela loira decadente, está de amasso com um meliante que sentou com ela depois que subiu em Balneário. Saindo do ônibus eu vejo como o diabo é feio como o féu. Seres. Criaturas se alocando para São Paulo. Cada qual com sua missão. A minha? O puro êxtase de um show de rock.

Fim do Capítulo I

70 MIL VOZES GRITAM: PEN-TA-CAM-PE-ÃO!!!!!!

Cadê mengo? 70 mil vozes gritam pentacampeão selando definitivamente um campeonato vencido de forma indiscutível pelo tricolor paulista. Parabéns torcida, parabéns São Paulo, o autêntico pentacampeão brasileiro.