sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
A LIBERTADORES 2008 TEM DONO
O SÃO PAULO MOSTRA MAIS UMA VEZ SUA FORÇA E TRAZ UMA DAS MAIORES ESTRELAS DO FUTEBOL MUNDIAL PARA SEU ELENCO. A CONTRATAÇÃO DE ADRIANO FOI UM GRANDE NEGÓCIO PARA O TRICOLOR PAULISTA, QUE NÃO PRECISOU DESEMBOLSAR NADA E CONTARÁ COM UM VERDADEIRO MATADOR PARA DISPUTAR A LIBERTADORES 2008. DO JEITO QUE O SAMPA TRABALHA SÉRIO, VAI DEIXAR O IMPERADOR EM PONTO DE BALA PARA A DISPUTA SULAMERICANA. A TORCIDA NÃO PODERIA GANHAR MELHOR PRESENTE DE NATAL. COM CENI NO GOL, DAGOBERTO E IMPERADOR NO ATAQUE, A LIBERTADORES 2008 VAI PRO MORUMBI.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
ENTRETENIMENTO DA SEMANA
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
ESSA EU CANTO ATÉ FICAR ROUCO!!!
1 MINUTO DE SILÊNCIO E O CORINTHIANS ESTÁ MORTOOO!!
1 MINUTO DE SILÊNCIO E O CORINTHIANS ESTÁ MORTOOO!!
QUE LINDO, QUE LINDO, SÃO PAULO CAMPEÃO E
CORINTHIANS NA SEGUNDONA. DE QUEBRA, PALMEIRAS
DESCLASSIFICADO DA LIBERTADORES. HAHAHAAHAHAHAHA
MELHOR, IMPOSSÍVEL! CAMPEONATO DOS SONHOS!
CHOOOORA GALINHADA, CHOOOOORA E VAI CANTAR ESSA MUSIQUINHA DE PAQUITA NA SEGUNDONA OU NO CAMPEONATO DA CADEIA!!!!
HAHAHAHAHAHAHAHAHAAHHAHA
domingo, 2 de dezembro de 2007
terça-feira, 27 de novembro de 2007
NME DA SEMANA
OLED - O futuro dos LCDs e da mídia impressa.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
ENTRETENIMENTO DA SEMANA
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
LUIZ FABULOSO, EL MATADOR DE URUGUAIOS
VEJAM ALGUNS DOS 118 GOLS QUE O BAD BOY FEZ COM A CAMISA DO TRICOLOR. O CARA É SINISTRO!!
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
terça-feira, 20 de novembro de 2007
WEB 2.0
Não tenho muito tempo sobrando pra ver tudo o que é site que tem realmente WEB 2.0. Mas dois que visitei nos últimos dias mostram bem esse conceito.
O site do GOL: www.verdadessobreogol.com.br/ e o da Dove: www.jatenteidetudo.com.br/ . Muito se fala em WEB 2.0, pouco se vê. Um dos pulos do gato na WEB 2.0 é a interatividade, o espectador virar cúmplice e participar da jogada. A publicidade já tá pegando carona nessa onda faz tempo. A WEB 2.0 é isso e muito mais. Não adianta um sitezinho todo animadinho e cheio de frufru. Pra ser 2.0 tem que puxar o internauta pra dentro dele, fazer ele decidir o final ou não. Achei que esses dois souberam bem fazer isso. No do Gol, tem uma parte com animações de verdades que foram enviadas por leitores. As animações são quase pequenos games. Vale a pena conferir. Kaneyoa, se falei besteria me corrige.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
OK. VAMOS FALAR SOBRE LIGA DA JUSTIÇA
Estamos falando de Batman, Superman, Mulher Maravilha, Aquaman, Flash e Lanterna verde e super-gêmeos?
Portanto ver eles num mega-filme arrasa quarteirão de verão americano vai ser um sonho particular realizado.
Não. Não vai ter super-gêmos. A aposta é mais madura.Seguindo a excepcional animação LIGA DA JUSTIÇA que passava a pouco tempo no Cartoonetwork e agora passa as 13:30 no Sbt.
Quem vai ser a Mulher Maravilha?
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Entre os Ratos e a Insanidade
Fica muito difícil analisar o imediatismo das atitudes contemporâneas. Uma sábia frase da minha avó ficou martelando minha cabeça na última década.
Ela dizia:
- A vida não é uma gincana. Ninguém vai contar quantos pontos suas tarefas valem.
O passo regrado do cotidiano está beirando a imbecilidade vegetativa. Ainda não entendi como tem gente tão nova fazendo, MBA, lendo auto-ajuda e cuidando da saúde.
Desse jeito nunca mais teremos um Dionelio Machado, um Noel Rosa, um Augusto dos Anjos (!).
Hoje em dia esses ratos transeuntes; essas minhocas corporativas estão pausadamente destruindo nosso habitat. Contaminando nossas vidas e potencializando nossa adormecida e incubada ignorância.
A necessidade de padronização de atitudes é resquício da bendita industrialização de 30, naquele ano soltaram no nosso país uma arma química letal, o efeito americano dos grandes feitos, isso mesmo, prosperidade econômica virou compromisso.
As pessoas não tem direito de dizer que são felizes com o que tem ou com o que são, hoje isso é sinônimo de fracasso. Imbecilidade com misto de insanidade, é o parece os bucéfalos que pensam isso.
Por isso tenho que reconhecer tardiamente que Domenico De Masi tinha razão sim, o problema não é mais o fato de passarmos 12 horas trabalhando e sim a rede de compromissos que assumimos. Muitas vezes assimilamos pelo senso comum, pelo simples instinto coletivo.
Quando as pessoas bebiam mais, trabalhavam menos, ganhavam pouco e morriam cedo, o mundo era melhor. Ninguém estava muito aí para o tal paraíso no níqueis.
Quer me chamar, de saudosita, chame, tome no seu cú se quiser, ao menos questione isso. Olhe para aquela pessoa com discurso de datashow e pense que Noel morreu compondo, bebendo e tuberculoso. E se despediu no leito de morte com a seguinte frase:
- Faria deste dia, todos.
Escrito por Sandro Pinto.
NME DA SEMANA
terça-feira, 13 de novembro de 2007
As duas horas de intervalo para almoço. A ponte. A ponte que une o purgatório da manhã ao inferno da tarde. Pois na ponte é o único lugar que dá pra observar o mundo. GOOD!
Chovia. Fraco. Garoa nem muito gelada e muito menos morna. Explosão de pessoas se engalfinhando. Fugindo do CEISA Center para um lugar melhor. Sempre vai ter um lugar melhor. Já que a redatora resolveu não almoçar com a gente, só ficou os bravos, nessa hora é melhor escolher ASGARD.
ASGARD, segundo a lenda da editora Marvel, é o lar dos Deuses Nórdicos. Lugar onde vão os guerreiros Vikings depois de uma morte honrada em batalha. Lá eles são recebidos pelas chamadas Valquirias. Loiras enormes, de peitos estufados pela braguilha do espartilho. Aquelas coxas colossais PADRÃO WCT GIRLS, montando alazões brancos. Que jeito MACHO de ser recebido nos portões do céu. Não essa papagaiada cristã de encarar São Pedro barbudo. Velho babão com a chave brega da cidade branca nas mãos. Que merda é essa? Sou o único negro que quer morrer viking?
Voltamos a história de novo. A gente foi para o buffet CENTRAL. Aqui do centro. Aquele que já mencionei. O buffet das Éguas titânicas da capital catarinense. Impressionante. Não. Não é bom ir lá. É uma tortura para nossos fuckin dicks! Fica eles lá tentando empurrar a porra do zíper a força.
E tá chovendo né?Nenhuma das potrancas está com a pele a mostra. Uma grande pena. Mas lá almoçou a Sienna Miller.
.......PAUSA.....
Não. Não é pra guria. É que to escrevendo isso agora no trampo. Gozando do tempo que eles me pagam pra trabalhar. E chegou chefia. Aumento MAXIMUM PARK no talo, pra esquecer esse universo ao redor. Ô SONZEIRA DO CÃO!!!
Puta merda. Era o clone da Sienna Miller. Vestia um vestido mais colorido que essas porras de micaretas fora de época. E ela era fora de época. Ela era linda de morrer. Eduardo é testemunha. Sienna Miller estava se servindo na minha frente. E só parou pra se servir de 3 filés de carne de porco banhados em mostarda. GOD SAVE THE QUEEN.
Homens de terno se acotuvelavam. Ansia. Fome. Mais três morenas gigantes adentraram. Eu tentando gritar TELEPATICAMENTE pra o Eduardo não entendendo aquela zona de gente rica, Sienna Miller, salada de queijo prata, peitudas e filé de carne de porco em molho de mostarda.
A chuva aumentava lá fora. O vestido da Sienna Miller era um abajur de flores tão intensa quanto um clipe do YES. Psicodelia mágica.
Subimos a escada como chacais. Como vikings atrás daquela Valquiria loira de Asgard. Peguei um lugar ruim pra caralho. Tipo um sniper que fica no esgoto e tem que acertar o alvo que está em cima. E uma fileira de ricos entediados tapando o alvo. Uma merda total. Peguei o filé de porco com mostarda só para sentir o prazer doentio de degustar o mesmo prato da deusa mor daquele ambiente.
Na minha frente uma mesa cheia de engravadados. Uma mulher negra muito bem vestida. Parecia uma americana. Daquelas High School Nova Yorquinas. Deus. Tudo ali é bonito. Tudo clean. Quadros baratos copiando obras famosas. Bolsas Dulce Gabbana, Vutton, Dior dependuradas nas cadeiras cor prata. Mulheres que catam ervilha numa espetadinha de garfo e fazem charminho com a boca...ARRRRGHHHHH!Que mundo ducaralho esse da “alta”.
Eu tiro sarro. Finjo que odeio. Mas é uma inveja ducacete dessas gostosas de palacete acarpetado. Pena que o cérebro delas não funciona. É MUITA academia e exercício físico. Nenhum mental. Foda.
Entra uma de calça jeans preta com listras de giz. Que merda! Não vou falar de moda! O importante é que a calça era apertada até a medula. Rabão diabólico. Peituda morena entrando pela direita. Loira de roxo, blusa da ADIDAS com ziper peitoral até onde começa a abundância lactea. É muita coisa pra prestar atenção num bife de carne de porco em molho de mostarda. É MUITO.
Terminamos o almoço. Descer e pagar a conta? Que nada. Tinha mais uma hora de folga. Só ia descer se a Sienna Miller fizesse o mesmo. Ou o Jude Law viesse me tirar a pontapés.
OK. Ela se levantou. Deu aquela olhadinha do tipo. Eu não sou para o seu bico, negãozinho secador de merda. No caixa. A útima secada.Chuva. Ela olhou. Agora não com desprezo. Curiosidade. Num décimo de segundo de seu cérebro ela imaginou um ferro de ébano penetrando aquela pele nórdica. Ah sim! Pensou.
Senti gosto de mostarda na boca.
Sabor de Sienna Miller.
Entre a caminhada e o ar orfão de Sienna Miller, duas gostosas no calçadão com um uniforme de uma loja chamada CORTIRÔ. Acho que é isso. Calças jeans colocadas essa manhã a base de um esforço tremendo. Rabujentas até a medula.
Por hoje é só pessoal.
Lembrando.
Hoje tem CALIFORNICATION AS 22 NO WARNER CHANNEL.Um escritor com crise existencial que não controla mais o seu fuckin dick. SENSACIONAL.
NEG...OPS! BRANCO PUTIADO DA SEMANA??!
NENHUM ENTRETENIMENTO DA SEMANA
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
TIM FESTIVAL CAPÍTULO IV
OS PORTÕES DE ASGARD
Tomei um banho. Lembro ainda do som do cartão do Ibis ativando a tranca da porta do hotel.O sol estava implacável. 18:30 marcava no relógio da recepção do Hotel. Meia dúzia de taxi se encochavam na porta da frente. Peguei o segundo. O primeiro foi com um velhão. O taxista aparentava uns 30 anos. O rádio no talo de Corinthians x Figueirense. Ele perguntou de onde que eu era. Fiquei cabreiro de dizer que era de Florianópolis depois de ele esbravejar horrores contra o Figueirense até então.
Ele me falou: “Viesse do sul pra esse TIM aí?”
Não adiantava eu falar pra ele o que ia tocar ali. Se eu menciona-se Bjork ele iria achar que eu estava falando outra lingua. Falei que era umas bandas gringas de fora. Quando chegamos na frente...Gente.
TIM FESTIVAL CAPÍTULO III
HOTEL & ROCK´N ROLL.
Eu estava na mureta.
Eu olhava para aquele cenário todo e não acreditava. Um mega palco. Tudo inédito pra minha limitada vida. Toda direção de arte. Todo aquele trabalho. Toda aquela mega-estrutura iria reunir gente como eu. Era tão grande. Parecia palco para Ivete Sangalo ou The Police. Não Arctic Monkeys e The Killers.
Aliás, em Florianópolis eles sabem o que são o Monkeys e o Killers? Eu nunca ouvi nada deles em bar algum dessa cidade. Só a mesma merda da década de 80, a porra do HIP-HOP pasteurizado americano, as putas da gravadora Trama de música-pra-rico: CÉU, MARIA RITA, DA MATA, etc e o REAGE pra essa maconheirada infinita.
Perguntei para um deles onde ficava o Hotel Íbis Expo do qual eu tinha uma reserva. Ele disse: “Atravessa a rua, pega a marginal novamente, atravessa a ponte Casa Verde e dá de cara com hotel! É perto!”
Essa foi à última vez que acreditei num paulista em vida.
Andei.
Ah! Como andei.
Passei por baixo de viaduto pixado a pé. O sol. Ah o sol. Implacável. Do meio dia.
Excomunguei o teenager a dar com pau!
Cheguei no hotel. Gente com bagagens. Na minha frente uma família que afirmou ao guichê ser do Chile. Uma das filhas do casal era uma Pocahontas estonteante. Chegou a minha vez. Me pediram o documento de identidade. Eu sou louco mesmo né? Vir pra São Paulo sem a identidade. B.O de novo!
Aí pensei: “Já pensou se me barram no show? Duzentão jogado no Tietê!”
Entrei. PUTZ! O Íbis é bem melhor do que o Valerim 4 estrelas aqui.
TV Flat. Cama gigantesca. E a visão do quinto andar em São Paulo é cinematográfica. Nessas horas eu penso no seu Jacinto. Meu amado pai. Que esbanjaceira violenta. Ele não admitiria isso. Nego passando fome e o cara gastando grana num show de uns brancos anglo-saxões.
É só isso?
Não comigo.
Fui almoçar fora do hotel.
O almoço não constava na diária.
Uma budega que servia “porção de picanha!” What a hell is this???
Arrisquei. Um calor monumental. Barra funda. São Paulo. Uns manos de cafanhaque (Aliás, lá em sampa todo morlock usa cafanhaque! Os americanos estão certos de caricaturar os latinos) me olhavam curiosos. Negro, Sozinho. Óculos espelhado. Eu.
Picanha sensacional. No final fui perguntar para o garçon se tinha caixa-eletrônico perto. Caixa econômica. Lógico. O banco dos negros. Tem tanto negro em São Paulo que me sinto em casa. Em Floripa parece que não tem nenhum. Em Tubarão tem mais. Em Floripa eles se resumem ao Mercadão aos sábados, aos morros e no Carnaval. Tu não vê negros nos shoppings, no CIC, na Lagoa (Só de flanelinha), nas boates. Nego não lê. Não vai ao cinema. Não faz porra nenhuma. Não inferniza os brancos como eu. Tem que meter terror.
Voltamos. Putz! Acreditei em paulista de novo.
Caixa eletrônico? Barbaridade. Andei. Creeedo! Como andei.
Vamos esclarecer. Eu não tenho medo de andar em São Paulo sozinho? Ser assaltado? Gente.
Achei um caixa eletrônico. Não abria a porta. Falei com o funcionário do prédio comercial onde o banco funcionava. Ele falou pra eu usar o caixa que ficava na garagem do prédio.
Gente. Lá fui eu. Num estacionamento de um prédio desconhecido.
GOD SAVE THE QUEEN.
Achei um banco 24 horas. Tirei uma grana boa pra noitada.
O porteiro riu.
SENSACIONAL.
São Paulo é demais.
Voltei para o hotel. Campeonato Inglês na TV. Dormi.
Acordei as 18 horas para o KILLERS.
As 18:30 começaria o festival.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
SEUS PROBLEMAS SE ACABARAM-SE!!!!
Abraços do Storino!
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
ARQUIVO XXX - CALIFORNICATION
terça-feira, 6 de novembro de 2007
NME DA SEMANA
Recado para o Lula
-Sr. Presidente, o sr. está no caminho "serto".
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
ENTRETENIMENTO DA SEMANA
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
TIM FESTIVAL CAPÍTULO II
DEVANEIOS NO TIETÊ
Naquela Big lanchonete de Beira de estrada eu fui direto para o banheiro. Aqueles mijódromos gigantescos onde você procura o canto e olha para cima para não ter que olhar para algum fuckin dick sem querer. Gente feia que vaiajava naquele ônibus da Catarinense. Gente decadente. Loosers assalariados voltando pra casa.
Segue uma fila. Numa espécie de buffet de iguarias de beira do asfalto. Iguarias geladas e gordurentas. Salgadinhos feitos por uma gorda suada na panela pela manhã e postados ali já passando do seu vencimento. 110 reais por toda essa grande merda.
Em 100 metros de buffet, o que pude pegar de melhor naquelas 0:24 passadas, foi um sanduba natural. A fatia de peru tinha um gosto sinistro. Larguei na metade. Um Tang laranja com sacarose acima da média era o que restava.
Na tv da big lanchonete um Supercine. Michael Douglas a tela. Clientes olhando aquela merda de filme feito às pressas na América, para preencher o calendário Holywoodiano dos estúdios no verão. Voltei ao ônibus.
Que nem um pacote acho que acordei em Taboão da Serra. O volvo parou. Deixou uns meliantes. 5:30. Estava em São Paulo.
O prazer que tenho em estar em São Paulo é imenso. Apaixonei-me por essa cidade anos atrás e ninguém mais a tira da minha fuckin mind. Em São Paulo pela primeira vez na minha vida eu descobri que não estava sozinho. Os meus pensamentos, minhas vontades e gostos culturais estavam não só impregnados naquela cidade, mas em pessoas de lá. Em São Paulo existem outros Cristianos. Eu achava que estava sozinho. Mas lá não.
Um céu escarlate começa a surgir no céu. “Believe Me Natalie” do Killers no meu mp3 player. Eu estava voltando pra casa. Ali é onde a cegonha errou seu caminho e me jogou na porra da Santa Catarina repleta de cuzões sub-europeus classistas. Sub italianos do terceiro mundo. São Paulo não tem lugar pra poucos. É lugar de todos. E só os fortes sobrevivem. É cosmopolita.
Rodoviária do Tietê. Poderia escrever mil crônicas desse lugar. Suas peculiaridades, seus significados pra muita gente. O fim. O início. Para muitas vidas uma saga. Para muitas sagas um início. Meus olhos tanto brilham aqui como em Congonhas. Cada qual a sua proporção. Uma café expresso.
Domingo 28. Ia ser naquele dia o Tim Festival 2007.
Vou na banca e compro a Folha de Domingo e a Veja com orgulho. Pelo menos dessa vez vou ler o que realmente me interessa e vou estar ali pra conferir.
Voltamos a saga. Vou resumir o meu plano das coisas até aquele momento.
Eu tenho uns amigos em sampa. Foi onde passei minhas férias últimas. Os caras vivem de música. Moram num estúdio numa travessa na Teodoro Sampaio. Rua universal da música em Sampa. Sabia que eles iam trabalhar na produção do TIM FESTIVAL. Liguei pra eles. Mas nada. Mas como eles moram no sul de Pinheiros, eu não podia contar com a estadia deles. O TIM era no ARENA SKOL do AHEMBI. Muito longe do sul. No fim do show eu ia pegar metrô na madruga? Gosto de São Paulo. Mas aí seria abusar na sorte. Mesmo sendo negro e tendo uma pele à prova de assalto (Sério. Se vocês soubessem como funciona). Resolvi decidir meu destino ali. Iria no TIM FESTIVAL SOZINHO.
Perguntei para um funcionário do Metrô se o AHEMBI era longe dali.
Como todo paulista que concheci o cara foi super gente boa e falou: “ Cara, é a 800 metros daqui, você saiu nessa saída, atravessa a avenida e vira a direita na marginal do rio Tietê. Vai reto. Tu vai achar. É perto!”
Primeira regra quando conversar com um paulista. O “perto” deles não é o mesmo nosso. Sob um sol escaldante eu andei. Mochila nas costas. 11 da manhã. O rio Tietê?
Como eles podem chamar aquela valeta de concreto de rio? É uma vala. E de concreto. Após uma tenebrosa caminhada num sol inclemente achei o tal AHEMBI. Um complexo gigantesco. Mas...Não vi uma bandeira ou um banner do tal Tim Festival. Existia uma mega feira de automóveis. Perguntei.
Um vendedor: “Ah! O Tim? É mais lá na frente, no fim do Sambódromo!”
GOD SAVE THE QUEEN.
Andei mais um montão. Um sol implacável. O cenário? Um rio fedorento que mais parece uma vala. E uma calçada do lado de uma via expressa onde carros e caminhões passavam como mísseis. A minha direita um alambrado que cercava o quilométrico e interminável complexo do AHEMBI.
Vi uma travessa.
Uns engenheiros colocavam cones na travessa. Perguntei. Onde é o TIM FESTIVAL?
Um deles: “É logo ali!”
Dá pra acreditar?
Olhei. Vi um balão gigantesco com a logo. Caminhei. Subi numa mureta e vi o local do festival. Ali entendi o conceito “Viver sem fronteiras”. Aquele conceito era eu.
Fim do capítulo II
TIM FESTIVAL CAPÍTULO I
Nota: Antes de mais nada quero falar que essas são narrações minhas. Sobre a minha viagem para ver o Tim Festival 2007. Eu não sou escritor e muito menos redator. Existem erros de português, concordância e pontuação. Mas dane-se! Não estou escrevendo para Companhia das Letras.
CAPÍTULO I
NO IDENTITY
Sábado, 27 de outubro, 16:40 da tarde, cidade de Florianópolis.
O sol está implacável. Da janela do meu apartamento, no calor do Dallas – Texas, eu vejo famílias abastecendo seus carros com guarda-sol e cadeiras de praia. E ainda estou digerindo uma macarronada feita as pressas. É o carboidrato necessário pra encarar a maratona que começa às 20 horas daquele sábado ensolarado. Começaria ali A SAGA DO TIM FESTIVAL 2007.
Eu desci do meu prédio as 19:20. Precisava tirar uma grana no caixa eletrônico antes de partir. Meu cartão de débito é uma total navalha, já desgastado ele não passa em alguns aparelhos. A cada compra é sempre aquele frio na espinha abissal. E com dinheiro na mão eu garantiria lá em São Paulo a passagem de volta. Porque não fui de avião? Porque é caro.
80 reais a mais faz uma diferença brutal pra mim. Portanto não me venham com essa panacéia de avião, que pra mim é coisa de classe média. Quando houve aquela crise, pra mim não fez a menor diferença. Tem nego que não tem água encanada, barraco queimado, fome nas entranhas, e neguinho reclamando porque atrasou a viagem a Paris. Pra zona que o pariu. Meu pai ralou o peito mais de 40 fuckin years pra ganhar uma aposentadoria de merda e o filho viajando de avião. Que nego de merda eu seria.
No meio do caminho esqueci algo. Minha carteira de trabalho. Sim. Eu a levaria, pois é meu único documento de identificação visual.
E minha identidade?
Para os que ainda não sabem eu estou sem minha carteira de identidade faz mais de 5 meses. E eu iria viajar pra São Paulo sem a mesma?
AH ia. Ia mesmo. O show do The Killers na minha atual condição psicológica de stress de trabalho, seria a minha válvula de escape. E nada no planeta terra iria me impedir de gritar “Somebody Told Me” a plenos pulmões.
Não refiz a identidade por total falta de tempo. O trabalho me traga a alma. Se eu falto uma manhã sou crucificado as 13:30 da tarde. Impressionante.
Voltei ao apartamento. Peguei a carteira e parti novamente para a Rodoviária.
Na sala vip de uma rodoviária você começa a fazer uma análise de cada ser que ali se encontra. Sete Pecados capitais passando na tv. Aquele clima modorrento de espera. Um olhando para a fuckin face do outro. Imaginando pra onde será que aquele cara ou aquela mulher vai. Está indo? Ou voltando pra casa.
O motor do volvo da Catarinense ruge imponente. Ele chegou. A minha passagem para minha liberdade daquela Floripa de trabalho dos últimos meses estava nos motores daquele volvo. Em algum lugar da Suécia alguém apertou os últimos parafusos da minha fuckim freedon daquele lugar.
Sim gente. Estou implorando por férias. Mas isso é outro assunto.
Ao recolher as bagagens e pedir as passagens o motorista com um mau humor descomunal vociferava: “Quero as identidades nas mãos!”
Gelei minha espinha dorsal novamente. Droga. Eu só queria fugir dali.
Falei para ele que estava com os documentos perdidos. Ele vociferou novamente como um porco dos infernos, um guardião das portas do reino de Hades, o único que poderia me impedir de sair daquela porra de ilha acéfala cuturalmente: “ SEM IDENTIDADE, NÃO VIAJA!”
Era só o que me faltava. Uma cólera imensa assumiu meu corpo. Puxei da minha carteira surrada da Mormaii um B.O. Um boletim de ocorrência feito a meses atrás, da perda da minha porra de identidade. Com olhar rançoso ele grunhiu: “Tá! Vai! Vai!”
GOD SAVE THE QUEEN.
Ao me alocar ao meu acento, a poltrona 29, janela, eu respirei aliviado. Um ônibus executivo. Me custou a bagatela de 110 fuckin money! E mal dava pra esticar a porra das pernas. Iria viajar a São Paulo que nem um saco de linhagem, forrado de batatas na serra. Ali fiz uma prece para que nenhum obeso senta-se do meu lado. No banco vizinho, no meu corredor sentou uma loira de uns 47 anos acho. Bem judiada. Cantava alto no seu mp3 player algo do tipo Bruno e Marrone. Seres. Criaturas se locomovendo em pleno sábado à noite. Para a terceira metrópole do planeta chamado terra.
Abri a minha Rollingstone e liguei meu mp3 player a toda em The Killers.
A matéria era sobre o aniversário do álbum “Never Mind the Bolocks, This Is Sex Pistols”. Um dos 5 álbuns que redefiniram minha fuckin life. Ninguém do meu lado. Beleza.
Rolando igual um saco de batatas eu mal dormi. Na verdade só os olhos estavam fechados. O ônibus parou em Balneário pra pegar outros desafortunados de rodoviárias decadentes. Tentei sintonizar alguma rádio. Acho que em Joinville eu sintonizei algo chamado FLORESTA NEGRA. Uma rádio que ia de “Camila” da porra do NENHUM DE NÓS a BRUNO E MARRONE. A locutora fazia uma ponte com um repórter que estava num baile. Teodoro e Sampaio. Em Joinville acho. Mas que merda era toda aquela?
Eu indo para um festival com as bandas mais populares de Londres, Nova York e Tóquio nos últimos 3 anos, e uns infelizes contentes com Teodoro e Sampaio. Esse país é demais. Doa a quem doer.
Desliguei o MP3 player. Rolando igual a um torno, eu cheguei na parada.
Sim. Quem viaja para São Paulo de ônibus sabe que tem uma parada. Em uma daquelas big lanchonetes de beira de asfalto numa penumbra de Curitiba.
Grunhindo como sempre, o motorista vocifera para aqueles corpos doloridos de sub-latinos a ordem: “Parada de 20 minutos!”
Cento e dez reais por toda essa merda!!!
Olho do meu lado e vejo que aquela loira decadente, está de amasso com um meliante que sentou com ela depois que subiu em Balneário. Saindo do ônibus eu vejo como o diabo é feio como o féu. Seres. Criaturas se alocando para São Paulo. Cada qual com sua missão. A minha? O puro êxtase de um show de rock.
Fim do Capítulo I
70 MIL VOZES GRITAM: PEN-TA-CAM-PE-ÃO!!!!!!
terça-feira, 30 de outubro de 2007
NME DA SEMANA
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Marilyn Monroe - O mito
Para quem estiver de passagem pelo Rio. Em exposição no Mam até 25/11.
A exposição inédita traz 60 fotos do acervo do fotógrafo americano Bert Stern, que fez o último ensaio da atriz, seis semanas antes de sua morte prematura aos 36 anos, em 05 de agosto de 1962. As fotos mostram que a grande deusa do cinema continua um ícone de sexualidade, e um mito incomparável, mesmo 45 anos após sua morte. Bert Stern, um fotógrafo de Nova York que havia estado no Japão durante a guerra, trabalhado para a revista Look e agências de publicidade, sonhava com a possibilidade de desnudar Marilyn Monroe, o ícone da sensualidade de todos os tempos. Ao voltar de Roma, onde registrou Elizabeth Taylor no papel de Cleópatra, Stern tinha três perguntas prontas para seu agente. Marilyn Monroe aceita posar para ele? A Vogue quer as fotos? A revista já publicou um ensaio com a atriz? As respostas encadearam o momento: sim, sim e não.
Stern guardou os negativos até o início dos anos 1980, quando publicou livros fora dos Estados Unidos. Ano passado, algumas fotos dessa série foram vistas no Museu Maillol, em Paris. Foi quando o editor Geraldo Jordão Pereira, da Sextante, impressionado com a beleza e o impacto da mostra, decidiu trazê-la para o Brasil, como uma inédita maneira de carrear recursos para o Instituto Rio, que administra o fundo “Vera Pacheco Jordão”, o primeiro fundo comunitário do país, que realiza mais de 60 projetos sociais na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Será revertida para a instituição parte da receita do projeto “Marilyn Monroe – O Mito”, que envolve ainda a publicação de um livro com as imagens da exposição, texto do próprio Bert Stern e ensaio de Diógenes Moura, curador de fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
O DNA do racismo
James Watson, o co-descobridor da molécula de DNA e ganhador do Nobel de 1953, pisou na bola. Em Londres para a divulgação de seu novo livro "Avoid Boring People" (evite pessoas chatas ou evite chatear as pessoas), ele deu declarações escandalosamente racistas. Acho que nem o Borat ou qualquer outro comediante querendo troçar do politicamente correto teria ido tão longe.
Em entrevista ao jornal britânico "The Sunday Times", o laureado disse na semana passada que africanos são menos inteligentes do que ocidentais e que, por isso, era pessimista em relação ao futuro da África. "Todas as nossas políticas sociais são baseadas no fato de que a inteligência deles [dos negros] é igual à nossa, apesar de todos os testes dizerem que não", afirmou.
Até aqui, com muito boa vontade para com Watson, poderíamos argumentar que o venerando pesquisador procura apenas exercer sua liberdade acadêmica, afinal, se há mesmo evidências a mostrar que negros são menos inteligentes, ele poderia ter um ponto. Mas já na frase seguinte ele mostrou que seu raciocínio não era exatamente científico: "Pessoas que já lidaram com empregados negros não acreditam que isso [a igualdade de inteligência] seja verdade".
Watson cometeu aqui pelo menos dois grandes pecados epistemológicos --deixemos por ora a questão moral de lado. Falou em "todos os testes" sem dizer quais e fez uma generalização apressada. Eu já lidei com patrões e empregados brancos, negros, amarelos e pardos, com pessoas burras e inteligentes, e posso asseverar que todas as combinações são possíveis.
Como era previsível, a reação às declarações de Watson foram efusivas. Ele foi desconvidado para vários eventos e houve até quem procurasse nos estatutos da Fundação Nobel uma brecha legal para cassar-lhe o prêmio. O experiente cientista, agora com 79 anos, acabou escrevendo um artigo em que pediu desculpas a quem tenha ofendido.
Não há dúvida de que Watson, reincidente em matéria de opiniões preconceituosas, merecia censuras. Receio, porém, que alguns de seus críticos tenham recaído nos mesmos erros que ele, isto é, afirmar coisas que não podem provar e proceder a generalizações problemáticas.
Os testes a que o laureado se referiu são provavelmente as tabelas de Richard Herrnstein e Charles Murray publicadas em "The Bell Curve" (a curva do sino ou a curva normal), de 1994, um dos livros mais explosivos da década passada. A obra pretendia sustentar que a inteligência medida por testes de QI é um fator preditivo de indicadores sociais como salário, gravidez precoce e problemas com a Justiça melhor do que o nível socioeconômico da família. O texto também afirma que negros dos EUA têm em média um QI mais baixo do que o de outros grupos sociais como brancos, judeus, asiáticos.
Sobretudo na imprensa, circulou a versão de que os autores diziam que a inteligência é dada pelos genes, mas Herrnstein e Murray não foram tão longe em seu determinismo. Eles afirmaram que permanece em aberto o debate sobre se e quanto genes e ambiente influem nas diferenças de QI entre os grupos étnicos --o que representa mais ou menos o consenso científico sobre a matéria.
"The Bell Curve" foi competentemente criticado por grande parte do establishment acadêmico norte-americano. De um lado, vieram as objeções conceituais, encabeçadas por cientistas como Stephen Jay Gould, que contestaram a idéia de que a inteligência possa ser reduzida a um teste de QI. Fazê-lo implicaria aceitar uma série de pressupostos de engolir, como o de que uma noção tão complexa possa ser traduzida num único número e que ela permaneça invariável ao longo de toda a vida do indivíduo. Aqui, estudar não serviria para nada além de acumular informações, coisa que computadores fazem melhor do que seres humanos.
Um pouco mais tarde, uma segunda leva de trabalhos, iniciada por Michael Hout e colegas da Universidade de Berkley, mostrou que os próprios dados de Herrnstein e Murray apresentavam problemas metodológicos, que exageravam a importância dos testes de QI como fator preditivo e diminuíam a do background familiar.
O debate é apaixonante, mas eu receio que, da forma como foi travado, ele esconda o ponto central, que é o de mostrar por que o racismo é errado. E essa é muito mais uma questão moral do que científica.
A evidência empírica não favorece o argumento da igualdade entre os homens, pela simples razão de que eles não são iguais. E opor-se ao racismo não pode depender de uma ficção filosófica que começou a ser escrita por John Locke no século 17, ao criar o conceito de "tábula rasa", segundo o qual os homens nascem como uma folha em branco, e que todo o conhecimento que adquirem, bem como as diferenças que acabam por desenvolver, é fruto das condições externas a que são submetidos. Um rápido passeio pelos rudimentos da neurologia mostra que já nascemos, senão prontos, pelo menos com uma série de estruturas mentais pré-definidas. E elas têm muito em comum, mas em certos pontos variam significativamente de pessoa para pessoa. Embora Locke seja um dos pais espirituais do liberalismo, a "tábula rasa" fez carreira entre pensadores de esquerda do século 20. Por alguma razão obscura, em vez de defender que todos devem ter os mesmos direitos (o que já estaria de bom tamanho), resolveram que a igualdade deveria ser um dado da natureza, mesmo que isso contrariasse o senso comum e as observações diretas.
É engraçado como estamos dispostos a aceitar diferenças entre pessoas (fulano é mais inteligente do que ciclano), mas não entre grupos étnicos. Em relação a alguns assuntos, comportamo-nos como se filhos não se parecessem com seus pais, como se não houvesse algo chamado hereditariedade, que em algum grau é dada pelos genes, e contribui para a expressão das mais variadas características de uma pessoa.
Não fazemos objeção a um juízo do tipo: negros são em média mais altos do que japoneses, mas basta alguém sugerir que os asiáticos tenham uma inteligência média (definida por testes de QI) superior à do grupo de ascendência africana para desencadear uma revolução. O mesmo vale para as aptidões femininas para a matemática ou a predisposição masculina para a infidelidade conjugal.
Médias são um conceito traiçoeiro. Representam um valor obtido a partir resultados válidos para vários indivíduos, mas que não podem ser extrapolados a nenhum indivíduo em particular. Na média, a humanidade tem um testículos e um seio. Nossa experiência ensina que é perfeitamente possível encontrar um indivíduo negro mais inteligente (por teste de QI ou qualquer outro critério) do que um branco anglo-saxônico, judeu, coreano ou o que for. Se de fato há uma predisposição de origem genética para a inteligência, como parece que há, ela não chega, exceto em casos patológicos, constituir uma barreira intransponível ao sucesso intelectual de ninguém. A vantagem de uma pessoa mais favorecida pelos genes pode ser facilmente revertida por outras características como a disciplina no estudo, para citar um único exemplo.
O argumento contra o racismo, o sexismo e outras chagas que desde sempre atormentam a humanidade deve ser moral. De outra forma, se um dia inventarem um teste confiável para medir a inteligência e ele mostrar discrepâncias entre grupos, o que acontece? O racismo estará legitimado?
Por maiores que sejam as diferenças entre indivíduos e grupos de indivíduos, quer elas tenham origem nos genes ou no ambiente (ou numa interação entre eles, como parece mais provável), o fato é que é em princípio errado prejulgar alguém por características (reais ou supostas) que não observamos nessa pessoa, mas no grupo ao qual consideramos que ela pertence.
Podemos ir um pouco mais longe e afirmar que o homem tem uma estrutura psíquica que favorece atitudes etnocêntricas e mesmo racistas. Pensamos, afinal, através de operações mentais de categorização e generalização. Se um membro da tribo vizinha uma vez me atacou, é evolucionariamente útil que eu parta do pressuposto de que todos aqueles que pertencem àquela tribo inimiga tentarão me agredir e antecipe o ataque. Só que esse tipo de raciocínio, que fazia sentido no passado darwiniano, perdeu inteiramente a razão de ser em sociedades modernas. Se ele já foi útil para manter-nos vivos, hoje, a exemplo da capacidade de armazenar energia na forma de tecido adiposo, é apenas um estorvo. Serve para separar e fomentar violência. As forças da civilização exigem que abandonemos essa forma primitiva de pensar e utilizemos a razão e não reações instintivas no trato com outros seres humanos. É isso que Watson, mesmo com toda sua genialidade científica, não foi capaz de fazer.
Quadrinhos pra lá de Bagdá
Gostaria de fazer alguns comentários sobre duas obras recentes (leia-se do ano 2000 pra cá) de quadrinhos: Persépolis e O Menino do Kampung. Duas obras primas das chamadas graphic novels, ou quadrinhos para adultos ou ainda literatura em quadrinhos. "Talvez as pessoas tenham se cansado de graphic novels estranhas e bizarras, e agora queiram algo mais normal" - essa frase do cartunista Lat, do Menino do Kampung talvez situe bem essas obras no cenário mundial.
A semelhança entre elas, além do traço simples, não-realista, é o fato de serem espécies de auto-biografias de seus autores e também de ambos serem de origem muçulmana e terem surgido a partir da agitação causada pelos terroristas naquele 11 de setembro.
Ambas vieram a saciar a curiosidade ocidental pela cultura do povo de lá.
A primeira, foi até adaptada ao cinema, e mostra as visões de mundo da autora na época da guerra do Irã e Iraque, no início dos anos 80, quando tinha cerca de 9 anos. Retrata sua interpretação de um mundo em transformação, a luta entre as tradições (pintadas por ela como um tanto hipócritas) e a modernidade emergente. O filme causou antipatia dos iranianos, pois macula a imagem da "causa" - a autora era filha de militantes políticos e não é exatamente a favor das opiniões do governo iraniano. A temática políca é constante. Trechos do filme, que concorreu em Cannes, estão no Youtube.
A animação é muito bem feita e fiel aos desenhos originais.
De um tom mais leve, o Menino do Kampung narra a infância do autor num vilarejo rural da Malásia (um Kampung). É uma beleza. Os desenhos simples me lembraram o brasileiro Cannini. O autor Lat mostra delizadeza e sensibilidade ao retratar um mundo que praticamente não existe mais. Ele descreve cuidadosamente as tradições, os hábitos, as brincadeiras, as leituras do alcorão. Se Persépolis traz antipatia por alguns aspectos do mundo islâmico - talvez com razão - o Kampung nos leva lá dentro e mostra um lado bem humano, de pessoas normais e simples, e mostra que há sempre dois lados numa moeda, e afinal, exalta o sentimento de humanidade, de compaixão. Tem um trecho para ser lido no site: http://
M. Malacarne - www.lojaconrad.com.br/trecho/kampung_p1.asp
A SAGA DO TIM FESTIVAL EM SÃO PAULO - BREVE
A 1 PONTO DO PENTA!
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
EW DA SEMANA - CHEGA DE PALHAÇADA!
LIFE ON MARS
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
EXTRA!!! EXTRA!!! EXTRA!!!
Em edição extraordinária venho comunicar que acabei de baixar o novo álbum do RadioHead "IN RAINBOWS" mais conhecido como "PAGUE QUANTO QUISER"... Bom, pra quem não sabe, trata-se de um projeto experimental da banda em que os fãs ficam a vontade para baixar as músicas e pagar o valor que bem entendem.
O "barato" do negócio é que todo o dinheiro arrecadado vai direto pra banda. Se fosse percorrer o processo normal de gravação, divulgação, etc... a banda ficaria com uma pequena porcentagem do valor das vendas, a maior parte iria pra gravadora (algo beirando uns 90% + ou -). Tá certo que muita gente baixa de graça mas só em mídia espontânea que essa iniciativa gerou no mundo todo já tá compensando os downloads "ilegais".
Vendo pelo lado criativo/promocional, é uma iniciativa muito boa porque o timming é perfeito (por enquanto isso é novidade), e essa super exposição que o RadioHead está tendo certamente vão gerar boas turnês, diga-se de passagem, é quando as bandas ganham dinheiro de fato. Isso sem contar que pra você poder baixar tem que preencher um cadastro, ou seja, eles também ficam com um mailling bem significativo pra divulgação de próximos lancamentos e shows!!! GENIAL!!! Só o fato de eu estar tendo o trabalho de escrever esse post falando sobre os caras, já é indício de que eles estão no caminho certo. Bom, chega de bla, bla, bla... pra baixar as músicas é só acessar www.inrainbows.com.
Abraços do Storino!
P.S.: Só pra informar, eu paguei U$5,00, ok?
Making of do comercial do gigante da Miller Lite
Comercial final:
Link pro making of do comercial
SE A MODA PEGA?!?!?!
EMPIRE DO MÊS
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
FALANDO EM MÚSICA...
Outra banda que tem chamado muito a minha atenção, apesar de estarem na estrada desde o final dos anos 90, é uma banda francesa chamada Ultra-Orange & Emanuelle... Não, não é a mesma Emanuelle dos filmes da Sessão Band Privé, apesar de ter no vocal uma loirinha bem gostosa (hehe).... Enfim, trata-se de uma banda indie/rock, com um som bem trabalhado, guitarras com acordes mais sujos e um vocal envolvente. Destaque para "Sing sing" e "Touch my shadow". Ducaralho! Dêem uma conferida no clip.
Abraços do Storino
ROBYN HITCCHCOCK
ULTRA-ORANGE & EMANUELLE
NME DA SEMANA
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Comercial do carro Hummer
http://www.josephkosinski.com/projects/movs/HUMMER_640x360.mp4
Pequenos Engenheiros
Propagandas de uma escola de engenharia finlandesa.
Diz algo como "Ha um monte de pequenos engenheiros por ai, nos esperamos por eles".
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Ex-Michael
Gritos na torcida
Confesso que na minha mediocridade não tinha entendido. Mas dai pensei um pouco mais e tive a luz. Isso deve ter sido o que a torcida dos bambis gritava lá em São Paulo. E como o Marlon tava lá, trouxe o novo grito fresquinho pra nós aqui. Isso é grito de torcida??? pros bambis deve ser. PURA ORIGNALIDADE. É o best seller dos gritos de torcida. Rima? sacada? é legal? Nada, é ruim de tão óbvio e sem graça. Se o cruzeiro estivesse a 2 pontos e fosse o último jogo, dai sim até ia ficar engaçadinho. Mas ontem?? Bah. Não adianta, a melhor desse brasileiro ainda é a do Flamengo: "o time do são paulo só tem viado, o Aloisio come o Richarlison".
TERMINATOR 4 - Agora na vida real.
Uma arma robô matou nove pessoas e feriu gravemente outras 14 em um teste em uma base militar na África do Sul na última sexta-feira. A máquina de combate anti-aéreo começou a atirar sem o comando humano obrigatório, de acordo com a Wired.
equipamento foi desenvolvido para identificar alvos e se posicionar sozinho, precisando apenas de um comando humano para começar a atirar. Uma possível falha de software causou que o equipamento atirasse sem autorização. A Força Nacional de Defesa da África do Sul está investigando as causas do acidente.
O porta-voz de Segurança Nacional, brigadeiro general Kwena Mangope disse que as causas do problema ainda não são conhecidas. De acordo com a mídia local, o teste com munição de verdade aconteceu no Centro de Treinamento de Combate do Exército da África do Sul em Lahotlha.
"Assumimos que houve problema mecânico, que levou ao acidente. A arma, que estava carregada, não atirou de maneira adequada. Parece que é controlada toda por computador, travou após uma explosão e começou a atirar sem controle, matando e ferindo os soladados", disse Mangope, em entrevista ao The Star.
Uma oficial de artilharia arriscou sua vida para salvar os companheiros da arma, de acordo com o jornal. A mulher ainda não foi identificada, mas foi incapaz de parar o robô, que atirou 500 balas explosivas pelo campo.
Richard Young, engenheiro eletrônico e presidente de uma empresa de defesa, não acredita que a falha foi apenas do computador.
A Oerlikon GDF-005 é uma arma anti-aérea desenvolvida para utilizar um radar passivo e ativo, assim como o buscadores a laser e travar em alvos em alta-velocidade, além de aeronaves que voam baixo, helicópteros, robôs voadores e mísseis. Em modo automático, o computador encontra sozinho o seu alvo e atira com duas armas 35 mm e recarrega automaticamente.